A primeira vez que visitei o Rio de Janeiro, eu não achei a cidade bonita. Não me pergunte como ou o porquê. Foi minha primeira viagem de avião e eu fiquei em um hostel na Lapa que nem existe mais, mas estava tão entretida vivendo o Rio que acho que nem vi nada ao meu redor.
10 anos depois, voltei à Cidade Maravilhosa para uma viagem entre amigas. E, além de ver tudo e me deslumbrar com as paisagens cariocas, também foi tempo de deixar a cidade nos surpreender, sem roteiros pré-definidos, no melhor estilo deixar-rolar que é característico dessa nossa brasilidade.
4 dias no Rio de Janeiro – Dia 1: Museu do Amanhã
Chuva chovendo sem parar quando descemos do avião em plena terça-feira. Mixou a praia, mas não a programação.
Alguém deu a ideia de visitar o AquaRio, mas logo o plano mudou: o Museu do Amanhã nos esperava. E o melhor: a entrada era gratuita justo na terça-feira. Chuvinha contribuiu para o plano dar certo.
De noite, foi hora de voltar para Lapa, onde uma caipirinha provavelmente batizada garantiu a ressaca do dia seguinte.
Sem problemas: não vou beber na quarta-feira.
Dia 2: Deu Praia
Deu praia e o posto 9 estava lá à nossa espera. Quatro mulheres de trinta e poucos queimando o corpo no sol e o Mc Esfiha passa para alegrar a tarde com suas versões inusitadas de funks cariocas em que a palavra esfiha parece brotar naturalmente, substituindo expressões como “bunda” e “novinha”.
As garagalhadas foram cortesia da casa.
À noite foi hora de voltar para a Lapa, onde um free pass nos garantiu entrada em uma balada de gosto duvidoso. Música pop, funk e reggaeton fizeram parte da playlist que me presenteou com uma eterna dor nos joelhos.
Cansou de Ipanema e Copacabana? A Lu Guimarães, do Te Vejo Pelo Mundo, fez um apanhado com todas as praias do Rio de Janeiro. Confere lá!
Dia 3: Arpoador
Quinta-feira começou com um impasse: por motivos profissionais, uma das amigas com quem viajávamos iria embora antes da hora. A despedida foi feita com café da manhã na praia, em Copacabana, onde estávamos hospedadas a poucas quadras da estátua do Drummond.
Felizmente, nenhuma pedra no caminho e logo a amiga estava em segurança no aeroporto, enquanto o resto de nós rumava para o Arpoador.
Pôr do sol na melhor vista: check ✔
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Dia 4: Parque Lage + Vista Chinesa
A sexta começou com outros planos: uma visita ao Parque Lage.
Mas antes, o almoço foi na Void (espia essas dicas de comidinhas veganas e vegetarianas no Rio). Ali conhecemos um suíço de nome impronunciável que falou sobre a Vista Chinesa.
– Vamos?
– Vamos!
E que vista!
Que saber mais? A Dhebora Sancho explica tudo sobre a Vista Chinesa, no Carioca Sem Fronteiras.
Ainda pouco conhecida dos turistas, a área compete em beleza com pontos tradicionais cariocas, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, mas a diferença é a ausência de filas lá no alto. Com pouca gente ao redor, os macaquinhos viram também atração e se divertem assustando e sendo assustados pelos turistas . NÃO ASSUSTE OS BICHOS, ok?
Na descida, paramos de fato no Parque Lage. Teve tempo para visitar a “Academia“, uma exposição do artista Marcos Chaves, e passear pelas áreas do parque, caminhando pela gruta, subindo na torre e, ao final, tomando um café no Plage Café.
À noite, foi a vez de conhecer um cenário mais local. Depois de enfrentar um trânsito de quase 1 hora, chegamos na Praça Varnhagen, para tomar uns chopes com o Bruno, a Jéssica e o Bernardo, os fofos que fazem o blog Deixa de Frescura acontecer.
Boteco, papo solto e cerveja gelada, não precisava de mais nada para fechar o roteiro carioca do jeito que a gente gosta. 🍻
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