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França com cachorro: quando o totó vira “toutou”

Foram duas semanas viajando pela Provence e só tem um ser que aproveitou mais esse passeio do que nós: a Mia, nossa cã nômade. Viajar para França com cachorro foi uma experiência muito gostosa e, apesar de ser o quarto país que nossa vira-latinha visita, foi a primeira vez que ela encarou um roteiro mais longo e bastante corrido.

No total, foram 11 cidades e 1.800 quilômetros percorridos de carro. Ao final do roteiro, constatamos que viajar com cachorro para França é exatamente como prevíamos: SIMPLES.

Lembro de ter lido um post bem antigo do Conexão Paris que falava sobre a relação dos franceses com seus animais. Na época, o Brasil ainda não tinha tantas opções pet friendly e era raro encontrar os mascotes em bares ou restaurantes.

Mesmo assim, as ruas francesas já estavam cheias de toutous – palavra simpática que eles usam para se referir aos peludos -, mas também estavam cheias de caca. Continuam iguais, portanto fique de olho no chão enquanto caminha.

Vai levar o seu cachorro para França? Veja todos os requisitos 

Bares, restaurantes e lojas

Na maioria dos bares e restaurantes franceses, os cães são bem-vindos. Eles não precisam se restringir à parte externa do estabelecimento e podem compartilhar o interior numa boa. O mesmo acontece nas lojas e a Mia deu até uma voltinha nas galerias Lafayette de Montpellier. Très chic.

Mia invejando um crepe em Avignon

É claro que se espera que seu cachorro seja educado ao entrar em um bar ou restaurante, mas pequenos deslizes são tolerados – a Mia tem dias meio sinistros. Se o seu dog não se comporta tão bem, o melhor mesmo é ficar na área exterior para não atrapalhar outros clientes. Lembre-se também de perguntar sempre antes de entrar no restaurante, combinado?

Essas dicas valem para restaurantes convencionais e não apenas locais turísticos. Fomos em bares de bairro, restaurantes do interior e muitos cantinhos escondidos sem problemas com a Mia. Do boteco ao restaurante com charme, nossa cã provou ser uma verdadeira companheira à mesa e não teve a entrada barrada em nenhum lugar.

É bem comum que o garçom ou dono do local traga um pote de água para o cachorro, sem que você sequer precise pedir. Encontrei diversos potinhos de água espalhados pelas cidades também, como esse aqui que vimos em Les Baux-de-Provence.

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Bar para cães, gatos, pombos, lobos, caracóis, coelhos…

Se o seu perfil for mais sofisticado, tipo estrelas Michelin, pode ser que o cachorro não seja tão bem aceito, ok? Nesse caso, consulte antes de fazer a reserva.

Hospedagem pet friendly

Encontramos diversos hotéis e Airbnbs pet friendly.

No entanto, foi necessário o pagamento de uma taxa extra pelo animal. Em Cannes, pagamos € 11 pela diária da Mia no Résidence Pierre et Vacances La Verrerie (ela ganhou uma cobertinha e um porta-sacocô). Por sinal, já conferiu nossas dicas de hospedagem em Cannes?

Pelo que pesquisei, essa cobrança é bastante comum e costuma variar entre € 5 e  € 15 por dia por animal. Em Montpellier, o hotel Résidence GOELIA Sun City nos cobrou € 7 por dia para hospedá-la.

Cachorro nas praias da França

A França possui algumas praias pet friendly. Em outras, os cães costumam ser tolerados quando a areia fica vazia – geralmente, à noite. Quem nos acompanha no Instagram (segue lá, vai!) já viu que a Mia se divertiu durante um fim de tarde em Bandol, em uma praia canina praticamente escondida atrás de um estacionamento.

Para levar o mascote também, espia o compilado feito pelo site Actu.fr. Eles indicam todas as praias em que os cães são permitidos no país durante o verão de 2019. O resultado pode ser encontrado no mapa abaixo.

Se a praia que você pretende visitar não possuir nenhuma sinalização que indique se os cães podem ou não estar ali, pergunte a outras pessoas ou observe se há outros animais por perto – nesse caso, sinal verde!

Cachorródromos na França

Não é tão fácil encontrar cachorródromos na França, especialmente no interior. Em Avignon, encontramos um “caniparc” localizado a cerca de 5 km da nossa hospedagem, no Parque Chico Mendes – e, sim, levamos a Mia até lá!

O ambiente tinha diversos espaços para treinamento dos cães, mas a maioria dos tutores e doguinhos só estava ali para socializar com outros animais mesmo. Soltamos a Mia e ela logo fez alguns amigos chiens.

Vai para Avignon? Confira nosso guia completo da cidade dos papas

Mia admirando o profissionalismo do Parque Chico Mendes, em Avignon

Em Montpellier, ela se divertiu às margens do Lez, um espaço em que animais costumam brincar livremente – e, de vez em quando, tomar banho de rio. A cidade também conta com outras áreas dedicadas exclusivamente aos cães.

Não há uma lista definitiva de parques caninos na França, mas você pode pesquisar no Google por “parcs chiens” + nome da cidade que irá visitar. Os resultados virão em francês, mas podem ser traduzidos com a ajuda do Google Tradutor. 😉

Parques e jardins

Apesar de ser um país bastante pet friendly, a França não permite a entrada de cães em diversos parques e jardins, nem mesmo na coleira. Acredito que isso esteja relacionado ao cuidado que estes parques costumam ter – afinal, cães geralmente não vêem problemas em cavar um buraco naquele jardim que custou uma fortuna para ser preparado.

Em contrapartida, encontramos muitos cachorros andando soltos nas ruas – mas a legislação obriga o uso de guia em locais públicos.

Transporte público

Muitas cidades francesas permitem viajar com animais no transporte público. Em Paris, eles estão liberados. Cães pequenos, que viajam em sacolas ou bolsas de transporte, não pagam e podem acompanhar os tutores no metrô, RER ou ônibus.

Os maiores pagam um bilhete reduzido e devem ser transportados com coleira e focinheira no metrô ou RER. Nos ônibus, eles são proibidos devido à falta de espaço.

A boa notícia é que os cães de pequeno porte são aceitos nos ônibus turísticos de Paris. Eles podem ainda viajar em trens de longa distância (exceto Eurostar). Nesse caso, o ticket para cães de até 6 kg custa € 7 e eles devem viajar numa caixa de transporte.

Cães maiores pagam 50% do valor do bilhete da segunda classe e devem estar amordaçados, viajando nos pés dos tutores. Cães-guia podem viajar sem focinheira e não pagam. Veja todas as condições no site da SNCF.

Como estávamos visitando cidades menores e percorrendo o país de carro, não testamos essa modalidade. Se optar pela road trip, não se esqueça de utilizar o cinto de segurança canino, ok? Aproveita e confere também nossas dicas para alugar carro na França.

Leis sobre cães na França

Há diversas leis sobre cães na França. Recolher os excrementos é obrigatório, mas isso é uma questão de civilidade básica. Ignorar essa regra pode gerar multas que variam de preço em cada cidade. Em Paris, o valor chega a até € 450.

Para evitar esse problema, algumas cidades possuem dispensadores de saquinhos e até mesmo lixeiras específicas para os cocôs. É o caso de Cannes, por exemplo.

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Dispensador de saquinhos, em Cannes

Como comentei no início do texto, a coleira é obrigatória em locais públicos, mas essa é uma lei bastante ignorada em diversas cidades.

Cães de raças consideradas perigosas possuem outras restrições, como a proibição de circular em transporte público e obrigatoriedade do uso de focinheiras. Há ainda a necessidade de obter uma permissão especial para estes animais.

De acordo com a Centrale Canine, são raças consideradas perigosas: L’American Staffordshire Terrier, Pitbull, Tosa, Boerboel e Rottweiler ou similares.

Links úteis:

E aí, pronto para ensinar seu doguinho a latir em francês? 

🐶 Ainda está cheio de dúvidas sobre viajar com animais? Junte-se a outros tutores viajantes e compartilhe dúvidas e informações sobre o assunto no nosso grupo do Facebook sobre Viajar com Cachorro.

Nota: Os valores e o câmbio apresentados são referentes ao mês de setembro de 2019 e podem sofrer alterações a qualquer momento.


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