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O que fazer em Curitiba: atrações, comida vegetariana e hospedagem

Já ouvi muita gente dizer que não tem o que fazer em Curitiba. Talvez até seja verdade, se o seu sonho for ficar pulando de atração turística em atração turística. Curitiba não tem um Cristo Redentor e um Corcovado, mas também não tem um milhão de turistas em cada esquina – e, veja só, é justamente esse o charme!

Então, listei aqui três tópicos importantes para quem planeja uma viagem para Curitiba: dicas de coisas para fazer por lá, restaurantes (com opções de comida vegetariana) e um review da minha hospedagem, no Hotel Intercity.

O que fazer em Curitiba

Como sempre, esse é um roteiro sem pressa. Ele foi quase um efeito colateral da minha ida a Curitiba para participar do Encontro da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem (ERBBV), da qual o Quase Nômade faz parte desde 2016.

Entre uma palestra e outra, sobrou tempo para visitar um pouco da cidade, comer (e bebericar) algumas delícias curitibanas e até dormir. Foi nessas pausas que nossas dicas nasceram, com uma boa participação das atividades que já estavam previstas durante o encontro.

Mas vamos aos detalhes sobre o que fazer em Curitiba…

Museu Oscar Niemeyer

Projetado por ninguém menos do que o arquiteto mais famoso do Brasil, esse museu é conhecido por seu formato de olho – algumas pessoas nem sabem o nome do lugar, mas qualquer curitibano identifica o “Museu do Olho“.

A entrada custa R$ 20 (estudante paga meia) e eu recomendo reservar pelo menos duas horas para o passeio, visto que o acervo é grande.

Qual não foi a minha surpresa quando paro para ler a plaquinha de um dos quadros da série “Postcards from Nowhere” do artista brasileiro Vik Muniz, que fazia parte da exposição “Luz ≅ Matéria” (maravilhosa, por sinal), e vejo o seguinte:

Amigos, vocês nem imaginam como essa Curitiba pós-eleitoral respira Lava Jato.

Vejo placas similares em diversas obras do acervo e é quase impossível não lembrar dos quadros que eram de propriedade das famílias judias e acabaram nas mãos dos nazistas

Seguindo o passeio, há ainda exposições de fotos do antropólogo francês Pierre Verger, que passou grande parte de sua vida registrando a vida de pessoas simples em Salvador, na Bahia; uma área dedicada à arte asiática; o famoso pátio das esculturas; e um espaço todinho focado no trabalho de Oscar Niemeyer.

Dica da vida: recomendo muito atravessar a rua, comer um petisco, beber um chope e curtir o sol se pondo atrás do museu. ♥

A foto tá longe de representar a beleza que é esse espetáculo

Endereço: Rua Marechal Hermes, 999

Horários:
Terça a domingo, das 10h às 18h
Venda de ingressos até as 17h30

Mercado Municipal

Mais de 65 mil pessoas por semana passam pelo Mercado Municipal de Curitiba. Esse é também o 1º mercado de orgânicos do Brasil, com 10 anos de existência. É pouco? Tem até uma lojinha da Cativa Natureza por lá, que vende maquiagens e produtos de higiene naturais. Ideal para quem quer investir em uma necessaire de viagem com menos lixo.

São tantas banquinhas que fica moleza se perder pelo mercado. Ele existe desde 1958, mas já passou por diversas sedes ao longo dos anos. No piso inferior, tem aquele clima mais mercadão, com várias bancas vendendo produtos a granel. No segundo piso, a praça de alimentação ganha destaque e é uma boa pedida para emendar a ida ao Mercado Municipal com um almoço bem curitibano.

Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1865

Horários:
Segunda, das 7h às 14h
Terça a sábado, das 7h às 18h
Domingos, das 7h às 13h

Ópera de Arame

Não tem como ficar imune ao charme da Ópera de Arame. Essa construção de metal tubular com um toque artístico foi erguida coladinha em uma antiga pedreira, em 1992. Localizado sobre um lago, o espaço hoje funciona como teatro, recebendo diversos tipos de espetáculo. Por sinal, o teto e as paredes transparentes transformam a visita em um espetáculo por si só.

Junto com o Espaço Cultural Paulo Leminski, que abre somente para shows, a Ópera de Arame faz parte do Parque das Pedreiras. Este ano, o local recebe o projeto Vale da Música, com shows ao vivo de música instrumental em um palco flutuante no meio do lago. As apresentações ocorrem de terça a domingo, das 10h às 18.

Por sinal, estes são os mesmos horários de abertura do restaurante localizado no subsolo da Ópera de Arame, o Ópera Arte (falamos mais sobre ele lá embaixo).

Endereço: Rua João Gava, s/n°

Horários: segunda a domingo, das 10h às 18h

Feira do Largo da Ordem

Feirinha de artesanato que acontece na cidade sempre aos domingos pela manhã, estendendo-se mais ou menos até a hora do almoço.

Sabe aquele programa para quem quer ver o clima da cidade e acompanhar o movimento? É esse mesmo!

Chegando lá, tem tanta coisa para ver que a gente se perde. Tem banquinhas de comida, sabonetes artesanais, itens de reuso, arte, artesanato e também muita tranqueira que você não precisa.

Endereço: a feira começa na Rua São Francisco e termina na Doutor Kellers

Horários: domingos, das 9h às 14h

Museu de Arte da UFPR – MusA

Pequeno, mas interessante, o Museu de Arte da UFPR é daqueles passeios curtinhos para quem já está no centro da cidade. Para ser honesta, a própria universidade merece uma olhada mais atenta, visto que a construção é uma belezura só.

Para chegar ao MusA, basta acessar o edifício e perguntar. Vai ser um vira à direita, sobe escada, vira à esquerda e segue placas que só vendo, mas na prática é bem fácil de chegar e o acesso ao museu é bastante sinalizado.

Endereço: Rua XV de Novembro, 695

Horários: 
Segunda a sexta, das 9h às 18h
Sábados, das 9h Às 13h

A entrada é franca

Quer seguir viagem? Veja dicas de como chegar e o que fazer em Morretes, pelo blog Viagens e Caminhos.

Onde comer em Curitiba (com opções vegetarianas)

Curitiba significa “muito pinhão” e a comida típica da cidade até poderia ser motivo de um post por aqui, mas não é o caso agora. Para uma gaúcha que se acostumou a comer pinhão todo inverno, ele não era tanta novidade assim… Então, vou falar sobre um sufoco que passei: achar restaurantes vegetarianos em Curitiba.

Segundo minhas buscas pré-viagem, há sim várias opções de comida vegetariana ou vegana na cidade. Mas cadê eu encontrar elas por lá? Como cheguei no feriado, muita coisa estava fechada e a minha barriguinha nômade dava berros de fome. A boa notícia é que a gente sempre se salva de algum jeito.

Restaurante vegano em Curitiba: Straveganzza

Jazz ambiente, atendimento informal e uma comida vegana cheia de personalidade são a fórmula do Straveganzza. Difícil mesmo é escolher só um item do cardápio, que traz um trio de nhoques (R$ 36,30), preparados com arroz arbóreo (de R$ 29,90 a R$ 36,30) e um tikka masala (R$ 36,30) de cogumelos paris e grão-de-bico (que foi minha abençoada escolha). O almoço já vem com uma entradinha de sopa e biscoitos salgados para abrir o apetite e se jogar de cabeça nas delícias que saem daquela cozinha.

Morri por comer o bolinho de jaca frito (R$ 15,30 por 3 unidades) e os pastéis (R$ 11,90 por 6 unidades) de cogumelo ou pinhão, que, infelizmente, ficarão para uma próxima viagem.

Endereço: Rua Sete de Abril, 121

Horários:
Terça a quinta e aos domingos, das 8h30 às 17h
Sextas e sábados, das 8h30 às 22h

Ópera Arte

Em plena Ópera de Arame, esse restaurante abriu há pouco mais de um mês. No espaço, estão expostas obras de artistas locais que completam o clima artístico do entorno. Vale pelo passeio, mas também vale muito pela comida!

Embora o Ópera Arte não seja um restaurante vegetariano, o cardápio conta com diversas opções para quem não quer comer bichinhos, com pratos a partir de R$ 23. Aos sábados e domingos, os carnívoros podem curtir um buffet de barreado, uma comida típica curitibana.

Endereço: Rua João Gava, 920 – Subsolo

Horários:
Terça a domingo, das 10h às 18h
O almoço é servido das 11h às 16h

Alchemia bar

De novo, esse bar não é vegetariano, mas serve um burger de grão-de-bico de responsa por apenas R$ 26. Ideal para ir com os amigos e companheiros de viagem carnistas, né?

E o melhor, o Alchemia fica do ladinho da Feira do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos em Curitiba e é um daqueles passeios para curtir a verdadeira cara da cidade (falamos dela ali em cima, lembra?).

Endereço: Rua Jaime Reis, 40

Horários:
Segunda a quinta, das 11h30 à 1h do dia seguinte
Sextas, das 11h30 às 4h do dia seguinte
Sábados, das 12h às 4h do dia seguinte
Domingos, das 11h à 1h do dia seguinte

Chō Street Food

Esse barzinho com clima de comida de rua asiática serve sanduíches tipo bao, um sanduba oriental assado no vapor. No cardápio, além de opções carnívoras, tem aquele bao vegetariano de cogumelos e moyashi salteados no shoyu com pasta de berinjela e rúcula (sorry, tive que colocar todos os ingredientes aqui porque não deu para conter a emoção).

O lanche sai por R$ 19 e é uma das raras alternativas sem carne entre os bares localizados na região do Batel. É, gente, saí com cara de palhaça depois de ver o cardápio dos bares vizinhos até me encantar com meu achado asiático. ♥

Endereço: Rua Comendador Araújo, 891 – loja 6

Horários:
Segundas, das 18h às 22h30
Terça a quinta, das 18h às 23h30
Sextas e sábados, das 18h à 1h do dia seguinte
Domingos, das 17h30 às 23h30

Café do Viajante

Pode até não ter muita relação com comida vegetariana – afinal, qualquer café tem alguma opção sem carnes para a gente comer, né? – mas esse café merece tanto estar aqui que ele veio parar na listinha.

Me juntei a um grupo de blogueiros que marcou de dar uma passada no Café do Viajante em nosso último dia em Curitiba. Detalhe é que o café também tem um irmão blog, já que o Robson Franzói, um dos sócios do espaço, é autor do Um Viajante.

Naquele vai e vem de tiração de fotos, deixei o café esfriar. E não é que o troço era bom assim mesmo?

O mais doido é que, além de gostoso, o café era lindo, da xícara instagramável à decoração do espaço. Tudo acompanhado de um pão de queijo recheado que quase me fez trocar a passagem e ficar mais uns dias por ali. Sério, peçam o pão de queijo mineirinho recheado na caneca. São cinco pãezinhos por R$ 12 e você ganha de brinde um sorriso no rosto. 🙂

Destaque especial para o filtro de água na parede para se servir livremente, porque água não se vende (e sem garrafinha plástica ela fica muito melhor!).

Endereço: Rua Comendador Fontana, 229

Horários:
Terça a sexta, das 12h às 20h
Sábados e domingos, das 14h às 20h

Onde ficar em Curitiba

Sei que não parece, mas quem cria conteúdo o dia inteiro também gosta de dormir à noite. E dormir numa caminha gostosa tem seu preço, ainda mais depois que a gente passa dos 30 e a coluna começa a fazer barulhos estranhos para reclamar de uma noite mal dormida.

Em Curitiba, minha escolha de caminha gostosa foi o Intercity Curitiba. E, para ser bem honesta, quem escolheu o hotel não fui eu, mas a Vivian, do blog Viva Viaje, com quem eu dividi o quarto durante o ERBBV.

Mais do que uma boa noite de sono, o Intercity oferecia também um bom café da manhã e uma ótima localização, no Centro Cívico. Para ir ao Museu Oscar Niemeyer, bastava uma caminhada de poucos minutos. Mercado Modelo? Em 15 minutos de ônibus você chega lá! E assim por diante… A região também me pareceu bastante segura, mesmo após anoitecer.

O quarto em que nos hospedamos estava super limpo e eu quase chorei de emoção por conseguir que não trocassem minhas toalhas durante toda a estadia. Sabe aquele esquema de deixar a toalha pendurada quando não quer que ela seja trocada? Acho que foi um dos raros hotéis em que me hospedei até hoje que isso funcionou 100%.

Em geral, isso representa uma equipe comprometida com os valores da empresa e não aquele greenwashing tradicional que a gente se acostumou a tolerar. Ponto pra eles!

Endereço: Rua Constantino Marochi, 591

Nota 1: A visita ao Mercado Municipal e à Ópera de Arame, bem como as refeições que fizemos no restaurante Ópera Arte e no Café do Viajante foram oferecidas como uma cortesia aos participantes do encontro, o que não influencia nas opiniões divulgadas aqui.  

Nota 2: Os valores e o câmbio apresentados são referentes ao mês de novembro de 2018 e podem sofrer alterações a qualquer momento.


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