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Aeroporto de Charleroi: como ir a Bruxelas e deixar as malas no aeroporto

Fazia tempos que eu queria conhecer Bruxelas. Waffles, cerveja e até uma lenda que diz que minha família veio da Bélgica brincaram de aumentar ainda mais essa vontade. Mas, mesmo sendo nossa terceira viagem pela Europa, acabou que não encaixamos uma passagem pelo país. Ou melhor, encaixamos sim, mas com uma condição: teríamos apenas 1 dia para percorrer a cidade saindo do Aeroporto de Charleroi.

O plano inicial não era passar por lá, mas, como as passagens de Praga para Dublin estavam em quase € 100, nós lembramos que o aeroporto de Charleroi sempre tinha umas passagens baratas para diversas cidades europeias. Foi aí que percebemos que fazer o roteiro Praga-Charleroi-Dublin sairia quase metade do preço do que ir da República Tcheca diretamente para a Irlanda (a gente fala mais sobre essa dica para economizar em passagens aqui).

E lá fomos nós fazer a maior indiada da vida. Dessa vez, com direito a uma passagem relâmpago por Bruxelas. 🇧🇪

Como ir do Aeroporto de Charleroi para Bruxelas

Talvez você ainda não conheça o Aeroporto de Charleroi, o mais usado pelas companhias aéreas low costs na Bélgica. Ele não fica em Bruxelas, mas sim numa cidadezinha a uns 60 quilômetros de lá, que tem o mesmo nome do aeroporto. Ou seja, é justamente uma parada para quem faz questão de economizar. 😏

O ônibus executivo da empresa Flibco é a melhor opção para ir de Charleroi a Bruxelas. Comprando com muuita antecedência e contando com um pouco de sorte, o ônibus pode sair por € 5 (cerca de R$ 18). Se não rolar, o normal é pagar € 14 (R$ 50) o trajeto se comprado pela internet ou € 17 (R$ 60) caso você compre no próprio aeroporto.

O percurso dura pouco menos de uma hora e o ônibus liga o Aeroporto de Charleroi com a estação Gare du Midi que fica a cerca de 20 minutos a pé do centro de Bruxelas em uma caminhada que é super tranquila. Isso se você estiver sem as malas, é claro.

Ok, mas onde deixar as malas?

Tem isso, né? Ninguém quer passar o único dia na cidade com um monte de malas a tiracolo.

Eu e o Diego chegamos em Charleroi com uma mala de 17kg, outra de 10kg e uma mochilinha com nossos computadores. Não ia rolar passear pela cidade com esse monte de malas de jeito nenhum! Por isso, nós deixamos a maior parte da nossa bagagem em um guarda-volumes no próprio aeroporto e levamos apenas computadores, dinheiro e documentos com a gente. 🙂

Nosso lockerzinho amado

O custo do armário grande, que foi suficiente para nós dois, foi de € 9 (R$ 32), o que dá direito a 24 horas de armazenamento. Os armários ficam logo na saída do aeroporto, à direita de quem vai pegar o transfer para Bruxelas e não é muito difícil localizá-los.

Para deixar suas coisas lá, é preciso escolher um dos armários, colocar as malas, e fechar segurando a porta por alguns segundos. Os lockers ficam em uma parede enorme com dois terminais eletrônicos, que é onde o pagamento deve ser realizado. Assim que você fechar a porta do armário escolhido, as informações para pagamento vão aparecer na tela. Tudo é feito de maneira eletrônica e a máquina que NÃO aceita troco. Por isso mesmo, é bom ter o dinheiro trocadinho na hora de pagar. Os armários menores custam entre € 5 e € 7 (R$ 18 e R$ 25).

Depois de tudo certo, a máquina imprime um recibo com um código de barras que você precisa carregar consigo, pois é esse código que irá servir como chave na abertura do armário. Na hora de retirar a bagagem, é só apontá-lo para o leitor da máquina e a porta se abre automaticamente, liberando as malas.

Escala longa em Charleroi à noite

Se o plano for fazer uma escala longa à noite em Charleroi para pegar um voo no dia seguinte pela manhã, pode ser mais interessante dormir em um hotel próximo ao aeroporto. Nós já havíamos feito isso em uma viagem anterior, quando ficamos hospedados no Ibis Budget Charleroi, um hotel bem simples, mas que oferece o necessário para uma noite tranquila próxima do aeroporto.

Quem opta por ficar lá deve lembrar que o hotel foi pensado apenas para quem vai dormir na região mesmo e não conta com nenhum extra, nem mesmo restaurante. Quando ficamos lá, acabamos escolhendo nosso “jantar” em uma máquina bizarra que conta com diversas opções de pratos preparados automaticamente – é praticamente aquela robozinha Rosie, dos Jetsons, na hora de fazer a comida.🤖

Como o hotel também fica bem longe do centro da cidade (ou de qualquer resquício de civilização), não vale a pena pegar um táxi para ir até um restaurante, por exemplo. Ou seja, a comida da máquina acaba complementando a experiência de ficar por ali – e ela nem é tão ruim quanto se esperaria. 🙂

Nota: os valores apresentados e a taxa de câmbio são referentes ao mês de outubro de 2016 e podem sofrer alterações a qualquer momento. 


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