Esta semana, os blogueiros da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem, da qual o Quase Nômade faz parte, decidiram fazer uma blogagem coletiva sobre museus como forma de participar da #MuseumWeek. O evento conta com participação de instituições de arte de todo o mundo – e também do Brasil, é claro! – que utilizam a hashtag para mostrar suas qualidades nas redes sociais. Como a Museum Week começa hoje, cada blogueiro escolheu um museu ou mais para escrever – e nós escolhemos a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.
A Fundação Iberê Camargo
O museu que leva o nome do artista gaúcho exala arte até mesmo em suas paredes e nas assimetrias de sua construção. Obra de Álvaro Siza, um dos arquitetos mais prestigiados do mundo, a Fundação é parada obrigatória para arquitetos e estudantes de arquitetura em visita a Porto Alegre.
Conta o Chicken or Pasta que a ideia de preservar o trabalho de Iberê surgiu em 1995, um ano após sua morte. Inicialmente, sua obra era abrigada na casa em que o artista mantinha seu ateliê até que, em 2008, o museu assinado por Siza fosse construído, sendo sua primeira obra na América do Sul.
O terreno da construção foi cedido pela Prefeitura de Porto Alegre em frente ao Lago Guaíba e, graças a isso, a Fundação Iberê Camargo foi presenteada com um pôr do sol dos mais lindos da cidade. Em termos de por do sol no museu, ela quase se compara à experiência de visitar a Casapueblo, no Uruguai.
A construção da Fundação também faz questão de reforçar a importância do entorno, com janelas emolduradas como se fossem quadros vivos, apresentando vistas para a cidade e para o Guaíba. Em frente a elas os visitantes passam quase tanto tempo quanto em frente às obras expostas pelos quatro andares do edifício.
A maior delas, a obra do próprio Siza, também foi projetada pensando nessa experiência. A indicação do arquiteto é que os visitantes subam, de elevador, ao quarto andar assim que chegaram ao museu. De lá, a própria construção irá guiar a visita e os andares devem ser descidos por rampas que entram e saem do corpo do edifício como se fossem braços.

A dica é chegar ao local algumas horas antes do pôr-do-sol. Dessa forma, há tempo para fazer a visita com calma e, ao final, observar o astro desaparecer em meio ao Guaíba sentado em frente ao museu.
Sábados na Fundação Iberê Camargo
No último sábado fez sol, coisa que anda rara neste inverno no sul do Brasil. Foi a deixa que precisávamos para curtir um dos sábados na Fundação Iberê Camargo, que agora acontecem regados a música, passeios pelo espaço expositivo e têm até a participação de food trucks (e beer trucks) na área externa do museu, que nós porto-alegrenses chamamos apenas de “Iberê”.
Confesso que me senti como em uma festa hipster e talvez nunca tenha visto o museu assim tão lotado. Tinha gente dentro e fora da Fundação, o Press Café, localizado na área externa, estava cheio e até mesmo os espaços no outro lado da rua, com vista privilegiada para o pôr-do-sol, eram disputados pelos visitantes. Houve quem levasse sua cadeira de praia para garantir um assento. Teve quem dançasse como se nunca houvesse feito isso antes. E havia também aqueles que, na parte interna do edifício, espiavam as obras com desconfiança, trocando impressões sobre cada quadro ou escultura.
Para alguns, foi justamente o declínio da Fundação Iberê Camargo que deixou o museu mais acessível. Antes, o espaço abria de terça a domingo, fechando apenas às segundas-feiras. Há algum tempo, porém, graças a dificuldades financeiras, o espaço passou a abrir apenas às sextas e sábados.
O movimento na sexta é normal – é o dia escolhido pelas escolas que visitam a instituição. No sábado, em compensação, rola uma programação diferente a cada semana, sempre com entrada grátis. As informações sobre o evento da semana são sempre compartilhadas com antecedência através da página do Facebook da Fundação.
Como chegar à Fundação Iberê Camargo
Um dos motivos da falta de movimento na Fundação Iberê Camargo sempre foi, na minha opinião, a dificuldade de acesso. Eu mesma, que morava na zona sul quando a Fundação foi aberta, demorei anos para conhecê-la. Foi só em 2011 que fui pela primeira vez até lá para ver uma exposição.
Já que você está aqui, aproveita para conferir o nosso roteiro pelo centro de Porto Alegre
De ônibus
Confesso que o acesso melhorou bastante nos últimos anos e já há diversas linhas de ônibus que passam em frente à Fundação no trajeto centro-bairro. São elas: Assunção, Belém Novo (via Tristeza), Camaquã, Cohab, Diário, Hípica/Tristeza, Icaraí, Juca Batista, Liberal, Operação Lami, Padre Reus, Ponta Grossa, Restinga Nova Via Tristeza, Restinga Velha (Tristeza) e Serraria. O retorno pode ser feito pegando um ônibus na parada em frente ao Barra Shopping Sul, localizado a uma curta caminhada do museu.
Para calcular o melhor itinerário de qualquer ponto de partida, a dica é usar o Google Maps, que oferece informações bem completas de transporte público em Porto Alegre. Os ônibus na cidade custam R$ 4,05 e a viagem do centro até o Iberê irá demorar em média de 20 a 30 minutos.
De bicicleta
Há alguns anos foram instaladas estações do Bike POA (sistema de bikes compartilhadas de Porto Alegre) quase em frente à Fundação. Um passe mensal, válido por 30 dias, sai por R$ 10, enquanto o passe diário, válido por 24 horas, custa R$ 5. Há ciclovias em boa parte do trajeto e o tempo de viagem do centro até o local é estimado em 25 minutos. O museu também conta com bicicletários para segurança de quem vai até lá com a própria bicicleta.
De carro
A Fundação conta com estacionamento fechado e pago no subsolo. Os valores variam entre R$ 10 e R$ 25 (diária), dependendo do tempo de permanência no local. Saindo do centro, a viagem não deve demorar mais do que 15 minutos.
Também é possível chegar ao Iberê de Uber ou Cabify. Usando o UberX, a corrida entre o centro da cidade e o museu deve sair por menos de R$ 16, caso a tarifa dinâmica não seja aplicada. No caso do Cabify, o custo fica em torno de R$ 15.
Não deixa de ler também sobre os meios de transporte mais sustentáveis
Sobre a visita à Fundação Iberê Camargo
Horário de funcionamento: sábados e domingos, das 14h às 19h
Endereço: Avenida Padre Cacique, 2000
Entrada gratuita (contribuição sugerida de R$ 15)
Atualização em 17.07.2017: os horários de funcionamento do museu foram atualizados.
Nota: os valores apresentados são referentes ao mês de junho de 2017 e podem sofrer alterações a qualquer momento.
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Que lindo, ainda não conheço Porto Alegre, mas quando for pra lá vou organizar o horário pra ir à Fundação no final da tarde, esse pôr do sol fecha a visita com chave de ouro.
É difícil não amar a visita!
Oi Mari! Não conheço Porto Alegre, mas achei muito interessante esse museu. A questão das janelas que funcionam como quadros também foi uma sacada incrível. Muito boa sua indicação.
Parabéns pelo post
Abraços,
Carolina
Que bom que você curtiu. Se vier a Porto Alegre pode apostar que vale a pena conhecer! 😉
Nossa, fiquei encantada com a vista do museu! hahaha Obrigada pela dica!
Muito importante valorizarmos os artistas nacionais! Destino anotado!
Estou louca pra conhecer este museu. Na última passagem por POA não deu tempo. Na próxima, ele não me escapa 🙂
Nossa, posso confessar que eu amei mesmo foi a arquitetura da fundação?
Claro. A arquitetura é mesmo demais 😊
Dica anotada!! Lindas fotos!! Amei a vista do pôr-do-sol.
Que lindo, Mari! Sou de POA, mas estou morando em Curitiba e esta vista com o por so sol é algo que morro de saudades (trabalhava olhando para o Guaíba!). Fico feliz que o Iberê esteja com este movimento. Acho um passeio belíssimo para se fazer! Amei revê-lo no teu post! Bj
Oi Gabi, que legal! O pôr-do-sol no Guaíba é mesmo nosso cartão-postal, né? <3 Fico feliz em ter ajudado você a matar um pouquinho dessa saudade. 🙂
Que legal visitar esse museu e no final do dia aproveitar esse magnifico por do sol!!! Adorei o post.
É um ótimo programa. 😀
Também sou dessas que aprecia tanto a arquitetura quanto as coleções dos museus e você disse tudo: essas aberturas para a vista também merecem apreciação!
Caramba, já tinha ouvido falar do museu, mas não tinha visto fotos do prédio. Realmente, é lindo!
Ele é demais!
Esse prédio é lindo, né? Só passei um fim de semana em Porto Alegre e acabou que não tive tempo de entrar – só vi o museu por fora mesmo…
Que pena Fernanda. Se vier de novo para cá você já sabe que ele também é lindo por dentro! rsrsrs 😉
Viajei junto com você, pelo relato e pelas fotos! Muito interessante esta fundação, Mari! Um abraço!!!
Coisa boa saber disso, Liliane! O Iberê é mesmo incrível!
Excelente post! Além de ser uma ótima dica para conhecer melhor o Ibere Camargo ainda tem a vista para um por do Sol fantástico desse! Rs.. Adorei! 🙂
É lindo mesmo, né? 🙂
Adoro passeios que reúnam artes e um belo por do sol. Dica anotada!
Que bom, Carol! Espero que você curta conhecer o Iberê! É lindo!
Que legal, além das obras do artista podemos aproveitar a beleza natural do local! Dica anotada e parabéns pelo post!
Legal, né? Sempre é bom quando dá para unir as duas coisas em um só passeio! 😉
Que museu maravilhoso!! Fiquei com muita vontade de conhecer, mas quando fui a Porto Alegre foi em uma segunda-feira, e estava fechado. Mais um motivo para voltar!! Parabéns pelo post!!!
Ah, tem que voltar mesmo. POA tem muitos museus legais para conhecer [e são todos grátis! :D]
Que legal! Já passei na frente deste museu mas estava fechado =/
O dia que voltar para Porto Alegre quero visitar!
Oi Diego. Que pena! Esses horários de abertura estão complicados mesmo, né? rsrsrs
Essas rampas me lembraram o Guggenheim, de Nova York.
Infelizmente (ainda) não conhecemos o Guggenheim, mas durante a pesquisa para o post vimos mesmo várias citações sobre a semelhança entre os dois museus. Deve ser uma visita incrível!
Já fui duas vezes a Porto Alegre e nenhum amigo meu que mora na cidade sugeriu este museu. Que vacilo! Prometo voltar só pra preencher essa lacuna na minha vida viajante e ver esse pôr do sol cinematográfico 😀
Nossa, vacilo mesmo, Leonardo! Mas, realmente, muitos porto-alegrenses acabam nem conhecendo o Iberê. Uma pena!
Adorei o post. Que fotos lindas!!! Na lista para quando visitar Porto Alegre.
Que legal, Lulu! Dá uma olhada nas nossas dicas quando vier. Como somos daqui, sempre tem alguma coisa nova sobre POA no blog! 😉
Um belo museu, que soube aproveitar o maravilhoso por do sol no Guaíba! Parabéns pelo post!!
Verdade, o pôr-do-sol é uma das únicas obras em exposição ininterrupta por lá! rsrsrs
Mais um motivo para voltar em Porto Alegre. Parabéns pelo post.
Volta mesmo! POA merece uma segunda chance. hehehe 🙂
Gostei demais de conhecer melhor o Ibere Camargo! Quando fui a Porto Alegre tinha pouquíssimo tempo e acabei não estando aí em nenhum dia em que o museu abria… na próxima, me planejarei melhor.
Ah, que pena. Como o museu não é muito central e tem esses horários reduzidos, muita gente acaba deixando a visita de lado. Mesmo assim, fica a dica para caso você volte a Porto Alegre! 😉
Diferente! Gostei!
Que fantástico! um dos melhores pintores do Brasil, e tem gente que não o conhece!!! Ótimo post!
Sim, uma obra super vasta. Vale muito a pena conhecer – e o museu é incrível!