Foram 7 dias em Marrakech (ou Marraquexe, na versão abrasileirada), muitas andanças pela medina, infinitos cuscuz, vendedores (até demais), motos andando nas calçadas e todo o caos que compõe essa experiência. Depois de inspirar, expirar e entender tudo o que vivemos na cidade, vai aqui um resumo sobre o que fazer em Marrakech.
Não dá para esquecer que isso é apenas um guia de viagem, mas não foi feito para ser seguido à risca. Afinal, você vai perceber que o melhor de estar em Marrakech é… estar em Marrakech.
É clichê? Sim. É verdade? Também! 🙂
O que fazer em Marrakech
Post longo merece índice porque eu sei que vocês não têm paciência para ler tudo que eu escrevo sou boazinha. Então clica aí nos assuntos do seu interesse para ir direto ao ponto.
- Medina de Marrakech
- Praça Jemaa el-Fna
- Mesquita Cutubia
- Ensemble Artisanal
- Palácio da Bahia
- Palácio el Badi
- Cyber Park Arsat Moulay Abdeslam
- Visitar a região do Atlas
Medina de Marrakech
É o caos completo. Você vai se perder, vai ser abordado por um zilhão de vendedores, vai encontrar duzentas pessoas indicando onde fica a praça Jemaa el-Fna, mas, no fim das contas, vai amar odiar o seu passeio pela medina de Marrakech.
Não sei ainda dizer se a experiência é boa ou ruim, mas acho que a loucura da medina faz parte de estar no Marrocos. É aquela imersão completa na cultura do país, com suas barganhas e o comércio extremamente desenvolvido.
Sobre se perder na medina: vai acontecer, quer você queira ou não. O Google Maps até que funciona direitinho nas ruas maiores, mas se perde completamente nas ruelas (e elas são muitas). Para quem não curte aventuras e não lida muito bem com a frustração de estar perdido num lugar estranho, pode ser interessante reservar um tour guiado pela medina (esse do link custa só € 13/R$ 52), embora eu sinceramente não ache necessário.
Dica: a região é bem segura, mas podem ocorrer alguns furtos. Fique de olho nos seus pertences e tudo vai sair bem. 😉
Praça Jemaa el-Fna
A Jemaa el-Fna é a entrada para a medina e é lá que estão os principais pega-turistas da região. Tem macaco treinado, tem cobra, tem tatuagem de henna. Tem um pequeno mundinho caótico que quase justifica toda a ida ao Marrocos. Eu diria também que é um verdadeiro teste de resistência.
Para ver tudo longe do estresse de ser abordado por 200 vendedores a cada minuto, a dica é escolher algum dos restaurantes com terraço ao redor da praça e comer por ali. Assim você espia aquela muvuca linda lá do alto enquanto bebe um típico chá de menta marroquino. Alguns dos restaurantes nessa área podem ser um pouco mais caros do que o normal, mas, pesquisando um pouco, é possível encontrar também lugares para comer com bons preços por ali.
Mesquita Cutubia
Um dos nossos passeios preferidos em Marrakech era sentar em frente à Mesquita Cutubia, um dos cartões postais da cidade. Ponto.
O que se destaca na mesquita, na minha opinião, não é sua beleza extraordinária nem nada do gênero, mas ver as pessoas caminhando normalmente para lá, em família ou sozinhas, escutar os chamados para a reza que acontecem cinco vezes ao dia e ficar quietinha observando. Eu posso ser um bicho meio estranho nesse mundo, mas adoro curtir esses momentos simples da viagem, sabe?
Ah, diferentemente da Mesquita Hassan II, em Casablanca, a entrada na Mesquita Cutubia é restrita a muçulmanos. Dizem que o minarete serviu como um protótipo para a construção da La Giralda, a torre da Catedral de Sevilha, erguida durante o período da dominação árabe na Espanha.
Ensemble Artisanal
O Ensemble Artisanal é um passeio de compras pertinho da medina de Marrakech. Quem acompanha o blog há mais tempo já deve imaginar que eu não fui lá comprar nada. Acontece que não é preciso fazer compras para curtir o lugar.
A galeria tem uma entrada linda de viver com aquela decoração marroquina super estilo novela da Globo, sabe? [Péssima referência, mas quando eu era criança ainda não tinha Netflix e a gente via Globo mesmo lá em casa ¯\_(ツ)_/¯ ]
Também tem uns cafés com um clima super gostoso e, embora seja no meio da cidade, parece um oásis de tranquilidade. Ficaria lá a tarde inteira (mas quando entrei já tava tudo fechando e tive que sair rápido, rsrsrs).
Endereço: Avenida Mohammed V
Horários: de segunda a sábado, das 9h às 19h, domingo das 9h às 14h
Palácio da Bahia
Não tem nenhuma relação com a nossa Bahia brasileira, ok? Na verdade, o nome desse palácio significa “brilho” e ele é puro brilho mesmo. Enorme, é possível visitar diversos aposentos do local – alguns muito bem conservados, outros nem tanto. Prepare-se para gastar cerca de 1 hora ou mais lá dentro, apreciando a arquitetura e os jardins do antigo palácio.
A entrada sai por apenas 10 dirhams (R$ 3,50), mas o espaço pode ficar um pouco lotado. Fomos na baixa temporada e, apesar de bastante gente, ainda dava para caminhar e observar tudo com tranquilidade. Fiquei imaginando que na alta temporada a coisa pode ficar bem complicada…
Um ponto negativo é que as explicações estão apenas em francês ou árabe – nadica de nada em inglês. Quem não domina nenhuma dessas línguas pode sentir falta de contexto explicando como era usado cada ambiente do palácio.
Endereço: Avenida Imam El Ghazali
Horários: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h; sábados, das 10h às 14h
Palácio el Badi
Embora esteja em ruínas, a visita ao Palácio el Badi (algo como “palácio do incomparável”, em árabe) foi a que mais me impressionou. Construído entre 1578 e 1594 para ser semelhante à Alhambra, em Granada, hoje é possível visitar diversas áreas do antigo palácio, além de uma pequena mostra no subsolo sobre a história da construção de Marrakech – super interessante e recheada de gráficos e fotos históricas que permitem entender mais sobre como a cidade se desenvolveu ao longo do tempo.
O destaque fica para o enorme pátio central do Palácio, com espelhos d’água (ou seriam piscinas?) e um pomar repleto de laranjeiras. Ao final do passeio, é possível também subir no terraço para ter uma vista aérea da medina (nada assim tão incrível, rsrsrs) e dos jardins do palácio, que são um verdadeiro deleite para os olhos. De novo, o ingresso é baratinho e custa entre 10 e 20 dirhams (R$ 3,50 a R$ 7). Dessa vez, sugiro reservar pelo menos 2 horas caso queira ver a exposição e explorar todo o ambiente com calma – é cansativo, mas vale a pena.
Endereço: Ksibat Nhass
Horários: de segunda a domingo, das 9h às 17h
Cyber Park Arsat Moulay Abdeslam
Você sai da loucura da medina, dá de cara com as ruas super organizadas de Marrakech e vê logo o Cyber Park Arsat Moulay Abdeslam. A conservação do espaço é incrível e mostra a preocupação da cidade com suas áreas verdes. Além disso, é um bom lugar para descansar nos dias mais quentes de verão – e você não paga nada por isso!
Quando fomos, o parque estava recebendo uma exposição fotográfica que abordava temas como sustentabilidade e conscientização ambiental. Percebemos que, assim como no Brasil (e eu diria que no mundo inteiro), o plástico é um problema sério por lá.
O mais interessante é que o comércio tem um foco bem artesanal e a maior parte das refeições é feita de forma natural (até o iogurte tem aquele gostinho de comida “de verdade”). Por isso, eu chutaria que os turistas contribuem bastante para a criação desse problema. É só uma reflexão, mas fica aqui o convite para pensar como nós viajantes nos relacionamos com os destinos que visitamos – confere nossas dicas de como ser um viajante mais sustentável.
Visitar a região do Atlas
As montanhas do Atlas são um arraso. Durante o inverno, o pico fica nevado e lindo de viver – imagina uma montanha cheia de neve no meio do deserto e dá para ter uma mínima ideia do que eu quero dizer. 😉
Não senti falta de subir as montanhas, porque a vista já era incrível – passamos dois dias hospedados no Le Palais Paysan, um hotel na cidade de Oumnass com vista para o Atlas (veja mais sobre a experiência aqui).
MAS, quem não dispõe de tanto tempo e quer fazer esse passeio pode optar por algum dos muitos tours oferecidos na região. Os mais baratinhos custam € 28 (R$ 113) e incluem uma passagem pelas cascatas de Ouzoud, enquanto passeios maiores levam os viajantes ao Vale de Ourika (por € 49/R$ 197) ou a uma excursão completa pelos quatro vales e montanhas do Alto Atlas (€ 67/R$ 270).
Nota: Os valores e o câmbio apresentados são referentes ao mês de março de 2018 e podem sofrer alterações a qualquer momento.
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Camila de Souza Mota Moreno diz
Como você fez o deslocamento entre as atrações? Fechou com um guia ou táxi? Foi tranquilo?
Mari Dutra diz
Oi, Camila, tudo bem? Nós fizemos alguns deslocamentos a pé e outros em táxi. Não contratamos guias durante a viagem. 😉