“Ei, Diego!” – lá vinha o Lula gritando de novo. Era nosso segundo dia em Morro de São Paulo e já conhecíamos metade dos bares da ilha. Baixa temporada e início de semana, nós fazíamos a alegria do comércio local.
Havia outros turistas, mas eram poucos diante da enorme estrutura de Morro de São Paulo. Os bares que se espalham pela Segunda Praia pareciam disputar cada visitante com todas suas armas. “Caipirinha grátis“, gritava um; “Querem dar uma olhada no cardápio?“, chamava o outro; “Lagosta por R$ 70“, bradava um terceiro.
Morro de São Paulo na baixa temporada
Era só sentar na mesa que a apresentação vinha em segundos. Assim tinha acontecido com o Lula no La Nativa, na Terceira Praia; e com o Paulista, no Sambass, um dos bares com público mais fiel da Segunda Praia – mesmo no início da semana o movimento era contínuo. No verão, o mais provável é que nós tivéssemos que disputar um lugar por ali.
Na vila o assédio era menor, assim como os preços. Enquanto na Segunda Praia um almoço barato dificilmente sairia por menos de R$ 40, os preços na Vila chegavam a ser a metade disso em alguns lugares. A diferença também estava na variedade do cardápio: na praia predominavam peixes, frutos do mar e pratos baianos. Nas barraquinhas também eram vendidos crepes suíços e tapiocas, bem como uma caipirinha servida no cacau, a cacauroska. Na vila, opções de gastronomia italiana, portuguesa e até argentina eram incluídas no menu.
O que fazer em Morro de São Paulo
Fora dos bares, o nosso maior medo era que o dinheiro acabasse: a preocupação não era com possíveis dívidas, mas com a quase total ausência de maneiras de sacar dinheiro na ilha. Apenas dois caixas eletrônicos são encontrados na vila: um do Banco do Brasil e outro do Bradesco – e muitas vezes eles estão sem a possibilidade de saque. Apesar disso (ou talvez justamente por causa disso), praticamente qualquer lugar em Morro de São Paulo irá aceitar pagamentos em cartão.
Até mesmo a tirolesa, localizada no alto de um morro, tem sua própria maquininha de cartão para que os turistas possam realizar o pagamento do passeio sem problemas. O preço é tão único quanto a paisagem lá de cima e remete a um dos hits do inverno: R$ 50.
Com um olho atento na tabela das marés, também será fácil conhecer outra atração local, esta gratuita: as piscinas naturais de Morro de São Paulo. Para chegar lá, basta uma caminhada até a Quarta Praia e um dia de maré baixa. Clica aqui para acompanhar as marés de Morro.
Vale a pena viajar na baixa temporada?
Como tudo, viajar para Morro de São Paulo na baixa temporada tem suas vantagens e desvantagens. O lado bom são os preços, mais econômicos do que em outras épocas do ano. A parte chata é a chuva, que teima em aparecer por lá durante os meses de inverno, principalmente em maio e junho. 🌧️
Choveu pelo menos uns três dias enquanto estávamos lá. Acontece que, como gostamos de viajar com calma, a chuvinha não atrapalhou nosso roteiro: aproveitávamos o momento para descansar (e trabalhar!) um pouco e, quando o tempo melhorava, íamos para a praia. E ele sempre melhorava, como se fossem duas estações do ano no mesmo dia.
Outro ponto que é importante pensar é sobre qual o seu estilo de viagem. No meu caso, eu realmente prefiro viajar durante a baixa temporada, porque não gosto de muito tumulto e desanimo só de pensar em pegar fila para ir em qualquer lugar. Em compensação, quem vai para Morro curtir o agito e fazer festas, por exemplo, pode não achar uma boa encontrar as paisagens mais vazias do que de costume. 😉
Quer mais? Espia essas dicas para curtir Morro de São Paulo além das praias, do blog Destinos e Afins.
Nota: os valores apresentados são referentes ao mês de junho de 2017 e podem sofrer alterações a qualquer momento.
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