O Parque Güell é uma das principais atrações que costuma figurar no roteiro de quem visita Barcelona. Afinal, Barcelona é a cara de Gaudí e o parque define bem a alma do arquiteto catalão.
As excentricidades começam pelo nome. O verdadeiro é Park Güell, na grafia em inglês. Aqui a gente vai chamar de Parque Güell mesmo, porque, né? Breguice esse negócio de usar palavra em inglês pra tudo.
[Mentirinha: a versão menos glamour é que todo mundo pesquisa como “Parque Güell” no Google, então não faz sentido eu escrever de outro jeito. 🤷]
Bom, fato é que minhas últimas andanças por Barcelona me levaram a pisar no terreno gaudiniano algumas vezes, compartilhei tudo lá nos stories do Instagram e os nossos poucos porém fiéis seguidores votaram que queriam saber mais sobre o Güell.
Inclusive, não seria nada mal se você clicasse nesse link e aproveitasse para seguir o Quase Nômade também, hein? Todas nossas viagens e dicas vão parar lá em primeira mão antes de vir para o blog. 😉
Parque Güell e Barcelona
Gaudí recebeu uma encomenda do empresário Eusebi Güell: o arquiteto seria responsável pela construção de um condomínio residencial nos moldes britânicos. Localizado em uma montanha, o espaço deveria contar com 60 casas para famílias abastadas.
As obras começaram em 1900, Gaudí se mudou para o local seis anos depois e o projeto logo se provou um verdadeiro fracasso. A construção foi encerrada em 1914 por falta de compradores – apenas duas casas haviam sido construídas nesse tempo.
Eusebi Güell continuou vivendo no parque que leva seu sobrenome até a morte, em 1918. Na falta de um destino melhor para o espaço, seus herdeiros decidiram vendê-lo para a prefeitura de Barcelona. Foi assim que, desde 1926, a área se transformou em um dos parques municipais mais incríveis da cidade.
Já pensou em visitar a primeira construção de Gaudí? Mataró, junto a outros exemplos do modernismo catalãoEla pode ser conhecida de graça em .
Visitar o Parque Güell
Como a maior parte do Park Güell (ou Parque Güell, ou como você quiser chamar) tem acesso gratuito, ele não representa necessariamente um peso no orçamento dos viajantes, o que é um alívio em tempos de euro nas alturas. Falando nisso, aproveita para conferir nossas dicas de como economizar ao levar dinheiro para a Europa.
A divisão da área do parque é mais ou menos assim:
- Zona Regulada: é a menor delas e também onde se encontram as principais obras de Gaudí, inclusive a tal da salamandra. Única parte do parque onde é preciso pagar ingresso para entrar.
- Zona Monumental: o acesso é liberado, mas funciona “apenas” das 5h às 00h. Como o nome sugere, também há vários monumentos espalhados nesse espaço. Essa parte, junto com a zona regulada, é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
- Zona Florestal: é o restinho do parque, com acesso livre e sem limitação horária.
Vale a pena entrar na zona regulada?
Depende.
Se € 10 (R$ 48) representar um valor alto no seu orçamento de viagem, eu diria que não vale. Deixa pra lá e vai ser feliz em outro lugar (ou continua lendo, que eu te conto como conhecer o Parque Güell grátis! rsrsrs)
A área que possui livre acesso é enorme e quase tão bacana quanto o espaço regulado, que responde por apenas 9% do parque. O bônus é não ter que se acotovelar com outros viajantes para curtir o local – algo inevitável na área de acesso restrito, onde tirar uma foto da famosa Salamandra de Gaudí se torna tarefa quase impossível.
É verdade que as principais obras de Gaudí estão dentro dessa zona. A vista de Barcelona também vale a pena, mas eu não sei se voltaria a pagar para entrar na área regulada.
Inclusive, há um mirante maravilhoso localizado na zona monumental, basta seguir a sinalização e você chega lá!
Ingresso Parque Güell: antecipado ou não?
Na alta temporada: sim, com certeza.
Na baixa temporada, durante a semana, talvez não precise. Fomos em um final de semana de janeiro (baixa) e enfrentamos uma fila de cerca de 20 minutos para entrar. Voltamos durante a semana em fevereiro para visitar apenas a área livre e a fila não parecia menor.
Os tickets eram dados para entrada dentro de uma hora, mas nos informaram que poderíamos entrar antes do horário indicado e fizemos isso sem problemas.
Vale lembrar que o máximo de pessoas que ingressam por hora no parque é 800. Passando disso, não entra ninguém. Daí a necessidade de compra antecipada durante os meses mais concorridos. Através do GetYourGuide, você pode reservar os ingressos com antecedência por € 13 (R$ 62).
Se preferir, também dá para fazer uma excursão guiada ao parque pela Civitatis. O passeio sai por € 24 (R$ 115). Faça sua reserva neste link.
Além de evitar filas, o lado positivo de comprar os ingressos antecipados é usufruir do ônibus gratuito que liga o Park Güell à estação de metrô Alfons X, da linha 4. O ponto negativo é ter hora marcada para chegar ao parque – são tolerados atrasos de no máximo 30 minutos.
Quer conhecer mais sobre Gaudí? Aproveite para reservar a visita ao Parque Güell e Sagrada Família em um mesmo passeio. Clica aqui para saber mais!
Park Güell grátis
Tem uma sacada que muita gente não conta: você também pode entrar na zona regulada do Parque Güell de graça.
Como? Basta ingressar nessa área após os horários de acesso indicados. Não é nenhuma mutreta e o site oficial do parque indica claramente essa possibilidade.
Para 2020, os horários com acesso grátis ao Parque Güell são:
- De 15/02 a 28/03: antes das 8h30 ou após as 18h
- De 29/03 a 26/04: antes das 8h e após as 19h30
- De 27/04 a 23/08: antes das 7h30 e após as 20h30
- De 24/08 a 24/10: antes das 8h e após as 19h30
- De 25/10 a 31/12: antes das 8h30 e após as 17h30
Nesses horários, a administração do parque comenta que a visão dos monumentos pode ser prejudicada, devido à falta de iluminação artificial. Além disso, não dá para esquecer que o valor dos ingressos é investido em melhorias e na manutenção do parque.
Como chegar ao Parque Güell
Recentemente, o tráfego de veículos na entrada principal do parque foi fechado. Os táxis podem deixar você na lateral, próximo à bilheteria, mesmo local em que para o Bus Güell, ônibus que segue até a estação de metrô Alfons X, da linha 4. Este ônibus de ida e volta já está incluído no preço do ingresso, caso você faça sua compra antecipada.
Caso não vá visitar a zona regulada, o táxi pode deixar você próximo à entrada principal e basta caminhar uma ou duas quadras para ingressar no parque.
Há também alguns ônibus de linha que passam pertinho do Parque Güell e se conectam a outras áreas da cidade, como as linhas 24, V19 e 116. Na dúvida, recorra ao Google Maps que não tem erro. Por sinal, vem que eu te conto como economizar no transporte público de Barcelona.
Quanto tempo reservar para a visita?
Tenha em mente que o Parque Güell é enorme. Independente do tempo que reserve, você não vai ver tudo.
Para conhecer a zona regulada, um passeio de uma hora basta e sobra. Para o restante do parque, reserve pelo menos mais umas duas horas – recomendo subir até o mirante, pois a vista é linda.
Também há espaço para piqueniques, apresentações de artistas de rua, pessoas vendendo quadrinhos decorativos e a Casa Museu Gaudí, cuja entrada é paga a parte – ela sai por € 7,50 e os ingressos podem ser adquiridos neste link.
Ou seja, de 1 hora a 1 dia inteiro. Quem decide o tempo a ficar no Parque Güell é você e o seu ritmo de viagem. 🙂
Nossa visita ao Parque Güell contou com o apoio do Visit Barcelona, o escritório de turismo da cidade, o que não interfere nas opiniões apresentadas nesta página.
Nota: Os valores e o câmbio apresentados são referentes ao mês de fevereiro de 2020 e podem sofrer alterações a qualquer momento.
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