Quando eu apertei o botão de publicar pela primeira vez, em 2015, não tinha como imaginar as voltas que esse blog daria. Ele nasceu como um projeto de alguém que sempre amou viajar e escrever. Nada mais do que isso .
Eu já trabalhava há anos na área de conteúdo digital, mas nunca tinha me dedicado a um projeto que fosse todinho meu. Como eu acabava de voltar de uma temporada nômade para entrar em uma vida semi-sedentária, achei que tinha muita coisa para compartilhar sobre o assunto e que bastava simplesmente escrever. Hoje, vejo que essa ideia era ao mesmo tempo pretensiosa e ingênua.
Ter um blog de viagens nunca foi apenas sobre escrever. O Quase Nômade me trouxe uma espiral de aprendizados que eu não imaginava. De um layout tosco no blogger e um logo meio encomendado/meio gambiarra, o projeto foi ganhando sua própria vida aos poucos. Eu descobri o WordPress, contratei um domínio próprio, aprendi a lidar com tecnologias que nunca precisei antes, me senti no direito de ter preguiça dos algoritmos de redes sociais e fui me apaixonando cada vez mais por compartilhar experiências e dicas de viagem.
Em 2018, começou a surgir um dinheiro na conta e estes textos se tornaram também um complemento da minha renda de escritora freelancer. Quando o blog passou a dar mais dinheiro do que alguns dos meus clientes fixos, vi que estava na hora de investir nessa ideia – e só devo meu muito obrigada aos mais de 700 mil leitores que já passaram por aqui ♥
Senta que lá vem história…
Em 2010, eu e uma amiga (oi, Cacá!) estávamos em Copacabana, no Rio de Janeiro. Eram 5 da manhã e eu consegui convencer ela de que lá seria um lugar seguro para passarmos nossas últimas horas na cidade. Tínhamos uma passagem comprada para Porto Alegre após 16 dias de viagem fazendo Couchsurfing e nenhum dinheiro no bolso. Havíamos acabado de chegar de ônibus de Ouro Preto e, apesar de cansadas, nossa condição de ir para um hotel era abaixo de zero. O orçamento de recém-formadas-desempregadas não permitia um luxo desses.
Foi aí que a prometemos uma para a outra: iríamos morar fora ainda naquele ano. Não sabíamos ainda onde, mas sabíamos que, independente de não termos dinheiro nem para uma água de coco, iríamos começar a viajar mais a partir daquele dia.
A sorte parece ajudar os viajantes e em outubro do mesmo ano eu estava novamente sentada em um avião, com uma mala enorme despachada e nenhuma bagagem de mão, com destino à capital argentina, onde morei por 1 ano e meio. Depois disso, acabei passando algum tempo em Dublin, na Irlanda, uns meses em Bucareste, na Romênia, e deixei pegadas por diversos países da Europa e América Latina. Mais tarde, foram cinco anos de volta à capital gaúcha, de onde eu escapava pelo menos três meses por ano.
Há cerca de uma semana, cheguei à minha nova casa: Girona, na Cataluña (mas não-independentistas diriam que fica na Espanha). Não vou dizer que tudo acontece quando a gente tem foco, porque o acaso e uma boa dose de privilégios fizeram com que esses sonhos fossem possíveis para mim.
Minha amiga também cumpriu a promessa, tendo morado em Curitiba e em Córdoba, na Argentina, desde então, além de ter visitado diversas outras cidades durante esse tempo. Inclusive, voltamos juntas ao Rio de Janeiro em 2018 e eu aposto que o destino vai fazer a gente se encontrar ainda em muitas outras cidades desse mundão! ♥
Mas por que diabos eu estou contando toda essa história? Basicamente porque o Quase Nômade surgiu ainda em 2010, quando a gente estava sentada na areia traçando planos para o futuro. Eu nunca tinha ouvido falar sobre nomadismo digital, mas já sabia que era possível trabalhar online e viver sem ter endereço físico.
Claro que esse projeto se transformou muitas vezes até ganhar a forma que teve quando eu cliquei pela primeira vez no botão de publicar (espia aqui o primeiro post do blog!), mas aqueles foram os primeiros grãos de areia desse castelinho.
E o Quase Nômade nasceu
Essa semana mesmo, em um grupo de blogueiros da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem (RBBV), da qual o Quase Nômade faz parte, se falava sobre o como blogs são semelhantes aos filhos. Mesmo não tendo crias, concordo.
O blog nasce tão pequeninho e a gente cria mil expectativas para o que ele será quando crescer. Assim como as crianças, ele vai ganhando vida própria, um pouco moldado por nós, um outro pouco sendo transformado pelo mundo.
Quando o Quase Nômade nasceu, a proposta era falar sobre slow travel, viagens responsáveis e dar dicas de nomadismo digital sem glamour. Com o tempo, a maneira como eu, Mari, autora do blog, viajo mudou e, com isso, foi natural que o conteúdo publicado aqui sofresse também algumas mudanças.
Se eu passei a me preocupar mais com o impacto das viagens no mundo, era natural que esse conteúdo surgisse. Quando troquei as carnes uruguaias por uma dieta vegetariana, não teria como evitar esse assunto. E, agora que nossas viagens ganharam uma companhia canina, é óbvio que isso também merece um lugar para chamar de seu na nossa casa digital – foi assim que estreamos a série Cachorro Nômade!
Todas essas mudanças fizeram com que o antigo visual desse projeto já não fizesse mais sentido. Ele já não representava a essência do que é o blog hoje. Para resolver esse problema, eu contei com a ajuda da amiga, relações públicas e designer Natascha Borba, que encarou o desafio de reformular a identidade visual do Quase Nômade.
Quase Nômade de cara nova
Com toda a paciência do mundo, a Nata se dedicou a entender o que nem eu mesmo sabia que queria. Ela foi capaz de transformar o nosso logo quadradão em algo mais moderno e clean, que transmitisse a personalidade do conteúdo que vocês encontram aqui.
Tenho certeza de que não foi uma tarefa simples partir de um briefing meio confuso (algo como “eu quero mudar tudo, mas não tanto”) e chegar nesse resultado. Foram várias reuniões por Skype e Whatsapp em que tentamos ajustar os fusos horários para fazer a ideia sair do papel (a Nata mora na Austrália e eu estava no Brasil), mas ver essa transformação valeu cada minuto investido.
Para chegar a esse logo, ela trabalhou sobre o conceito de inspirar as pessoas a viajar buscando alternativas mais sustentáveis. Afinal, é essa a reflexão que nós propomos. Junto com o novo logo, tiveram até mesmo algumas sugestões de aplicação, como esse material de escritório e um saquinho perfeito para compras a granel (já quero? não nego!).
Nossas redes sociais também mudaram, seguindo a identidade visual proposta pela Natascha – e eu tô bem apaixonada pelo novo visu do Instagram do Quase Nômade (por sinal, você já segue a gente?).
Estamos trabalhando para atualizar a rede com mais frequência Isso significa que, antes de se transformar em um post completão no blog, tudo vai sendo descrito por lá, aos poucos.
Nossas outras redes sociais vão continuar existindo (você pode seguir o Quase Nômade no Facebook, Twitter e Pinterest), mas serão usadas principalmente para compartilhar conteúdos que publicamos aqui. Fica mais fácil de acompanhar os novos posts através destes meios.
O novo layout
Com a cara nova, o Quase Nômade também ganhou um novo corpo: o layout da página mudou para facilitar a navegação pelos principais assuntos que dão as caras por aqui.
Agora, além do menu na parte superior da página, por onde é possível navegar pelos destinos e categorias do blog, nossa home também ganhou uma área de destaque onde ficam os projetos em que estamos trabalhando atualmente. Nossa ideia é tornar a navegação mais intuitiva, permitindo que vocês, leitores, tenham facilidade para acessar rapidinho aquilo que buscam.
Não é só isso: a mudança de layout também buscou tornar o site mais rápido, consumindo menos dados de navegação. Assim você gasta menos com internet no celular e sobra uma graninha para viajar!
Eu espero de coração que vocês tenham gostado do resultado tanto quanto eu gostei.
Tem alguma dúvida ou sugestão sobre essas novidades? Fica à vontade para usar o campo de comentários e me conta o que achou. 😉
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@ErreNascimento diz
PA-RA-BÉNS!
Ficou muito maravilindo!
Eu fico tão feliz por você.
Muito sucesso, Mari.
¡Beso grande!
PS: 1) cabem SETENTA mardeespanhas INTEIRAS dentro dos seus 700.000 leitores. <3
2) faz lojinha virtual, que já quero comprar a ecobag/saquinho e caneca com a identidade visual. 🙂
Mari Dutra diz
Obrigada, Rafis! Lembrei de quando a gente ainda falava sobre “trabalhar pela internet” lá em 2010 e essas coisas nem tinham virado ~tendença~, né? Quem diria que, poucos anos depois, isso teria se tornado tão normal nas nossas vidas. 🙂 Saudade de você, menino! E que caibam ainda muitas outras mardeespanhas por aqui! hehehe <3