Foram cinco dias desbravando as belezas capixabas, da serra às praias, durante o Pocando no ES. Começamos nossa série de posts falando sobre a última parada que fizemos, em Vila Velha, e hoje é a vez de contar mais sobre a Rota do Lagarto, um roteiro maravilhoso pelas montanhas capixabas.
São pouco mais de 7 quilômetros de rota, mas com belezas que valem por 100. Além da vista da Pedra Azul, há diversas paradas de restaurantes e cafés deliciosos pelo caminho, mas nós vamos falar mais sobre eles lá embaixo.
A Rota do Lagarto e a Pedra Azul
O nome da rota tem tudo a ver com a famosa Pedra Azul, principal paisagem e atração queridinha da região. Dependendo do ângulo em que se olha para a pedra, é possível ver a figura de um lagarto, como se estivesse escalando a rocha. Dá para perceber?
Dizem que a Pedra Azul tem esse nome porque, em alguns momentos do dia, dependendo do ângulo e da iluminação, ela ganha uma tonalidade azul. Não tivemos a oportunidade de ver a pedra fazer jus ao nome, mas ela continua linda mesmo com sua corzinha de rocha. ♥ Um mirante que encontramos no caminho indicava que a pedra muda de cor 36 vezes ao dia. Será que é verdade?
No entorno da pedra foi criado o Parque Estadual da Pedra Azul, localizado no Km 2 da Rota do Lagarto. Lá dentro, é possível fazer duas trilhas de diferentes intensidades ou optar por uma escalada ao topo da pedra, que tem 1822m de altitude.
Rota do Lagarto: para quem vai
Você vai precisar de um carro para curtir a Rota do Lagarto do jeito que ela merece. Nossa dica é alugar um veículo antes mesmo de chegar ao Espírito Santo. Reservando o carro neste link, nós ganhamos uma pequena porcentagem e você não paga nada a mais por isso. Bacana, né?
A região é considerada como o principal destino de inverno do estado – e, como todos os destinos mais frios, os preços sobem à medida que as temperaturas baixam. Por sinal, as temperaturas caem mesmo por lá: é possível encontrar um clima abaixo dos 10ºC durante o inverno. Basicamente, a rota começa no Restaurante e Pousada Peterle e segue até a Rodovia ES-164.
Como a estradinha é sinuosa e, em alguns trechos, há espaço apenas para um veículo, tudo ganha um ar meio nostálgico. Segundo nosso amigo Google, a rota pode ser percorrida em menos de 20 minutos, mas cá pra nós: você não foi até lá para passar correndo, né?
O melhor mesmo é aproveitar algumas paradas pelo caminho. Nós fizemos uma pausa muito gostosa no Tuia Gastronomia e Arte, onde tomamos um expresso (o estado é super famoso por sua produção de café, sabia?). Para quem não é da cafeína, dizem que o chocolate quente deles é de dar água na boca – todo mundo que provou aprovou! Do ladinho do Tuia fica o Marietta, uma delicatessen super fofa onde é possível comprar o famoso (e caríssimo) café de jacu.
Café de Jacu
Aqui em casa, o café das montanhas do Espírito Santo é presença confirmada na nossa mokinha, então acabei desenvolvendo uma curiosidade especial sobre os grãos cultivados no estado. Foi como descobri que alguns produtores capixabas enfrentavam um problema em suas plantações: o jacu, um pássaro safado que adora comer grãos de café.
O Marcelo, do Guia & Turismo, contou que, por muito tempo, a ave foi vista como uma praga. Até que um dia os produtores do estado decidiram se espelhar no famoso “Kopi Luwak”, originário da Indonésia e considerado o café mais caro do mundo. O que estes grãos têm de especial? Eles são colhidos das fezes de um animalzinho parecido com um gambá, a civeta. Já deu para entender onde vamos chegar, não é mesmo?
Pensando no caso de sucesso do café indonésio, os produtores do Espírito Santo passaram a “colher” os grãos de café que saíam nas fezes do jacu e descobriram uma nova especiaria. O que diferencia o café de jacu dos convencionais é que a ave seleciona apenas os grãos mais maduros para se alimentar. Como explica o Petit Gastrô, o organismo do pássaro aproveita apenas a polpa e a casca do café, deixando o grão praticamente intacto – e, dizem, com um sabor especial.
Obviamente, todos os grãos passam por um rigoroso processo de limpeza após serem expelidos pelas aves. Por ser um processo complexo e que depende unicamente na natureza, este tipo de café é também raro e tem um preço elevado – uma xícara pode custar entre R$ 15 e R$ 20.
Onde ficar na Rota do Lagarto?
A dica para quem vai conhecer a Rota do Lagarto é se hospedar em Domingos Martins, cidade em que a rota fica localizada. Há diversas pousadas pertinho da rota, mas nós ficamos hospedados no Hotel Fazenda China Park, a cerca de 30 minutos dali.
O lugar não é barato, mas pode ser um bom investimento para quem quer aproveitar toda a estrutura do parque: além dos chalés e quartos disponíveis para locação, o espaço também conta com um parque aquático próprio, tirolesa, teleférico, restaurante (com bingo!) e um trenzinho para passear pelo parque – que, diga-se de passagem, é lindo.
Também tivemos a oportunidade de visitar o Bristol Vista Azul. Mais elegante, o hotel oferece estrutura completa para eventos e tem uma vista maravilhosa para a Pedra Azul em um mirante localizado no 6º andar da construção – foi lá que clicamos a foto abaixo.
Nota¹: Este post pode conter links para parceiros do blog, que foram inseridos espontaneamente pela autora. Reservando serviços através destes links, você ajuda o Quase Nômade a se manter em funcionamento, recebe nossa gratidão eterna e não paga nada a mais por isso! ♥
Nota²: Durante o Pocando no ES recebemos como cortesia a hospedagem no China Park, um café no Tuia Gastronomia e Arte e um almoço no Bristol Vista Azul, mas isso não afeta de nenhuma maneira as informações que divulgamos aqui. Nosso maior compromisso é com nossos leitores. Na imagem abaixo, você confere todos os parceiros dessa viagem. ⤵️
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