Nós moramos quase um ano em Dublin, na Irlanda, mas ainda tínhamos três coisas pendentes para fazer na cidade: uma delas era ver os veados no Phoenix Park (✔️), a outra era fazer uma visita à Guinness Storehouse (✔️), a fábrica da cerveja stout mais famosa do mundo, a Guinness. A terceira delas ainda ficamos devendo: aprender a falar inglês direito (❌) – brinks, a gente até que desenrola bem!
Como já deu para perceber no título desse post, não é aqui que vamos falar sobre como ver os veadinhos do Phoenix (by the way, eles são lindos e a gente conta mais sobre isso na nossa retrospectiva). 🦌
Voltando a 2013, quando morávamos por lá, a Guinness tinha lançado uma promoção de Guinness Ambassadors e distribuiu diversos cartões que garantiam a entrada gratuita na fábrica + 10% de desconto para um acompanhante. E, por acaso, eu tinha o cartão guardado até hoje numa caixinhas com “coisas que podem servir para minhas viagens“. Resultado: chegando lá, eu e Diego pagamos apenas uma entrada e ainda por cima com 10% de desconto! 🙂
Quanto custa a visita à Guinness Storehouse?
Se você não conhece nenhum Guinness Ambassador, o melhor mesmo é comprar o ingresso antecipadamente, pois assim é possível obter até 30% de desconto. A entrada geral (sem desconto) sai por € 25 (R$ 100) – e, adquirindo a sua neste link, nós ganhamos uma pequena comissão e você não pega fila na entrada.
Como a gente leva o conteúdo aqui a sério, vamos dar uma dica ainda melhor, que é comprar o ingresso diretamente no site da Guinness, onde você pode conseguir até 30% de desconto. Nesse caso, as entradas podem sair por € 17,50 (R$ 70). A gente não ganha nada se você comprar nesse link, além da satisfação de fazer você economizar (como se isso fosse pouco, né?).
Crianças até 13 anos não pagam entrada e entre 13 e 17 anos pagam apenas € 16 (R$ 65). O valor inclui uma pint de Guinness para maiores de 18 anos ou uma bebida não alcoólica para quem ainda não tem idade legal para beber.
Como é a visita à Guinness Storehouse
Na chegada à fábrica da Guinness em Dublin, os grupos de visitantes são recepcionados em um saguão amplo, com uma loja enorme de produtos da cerveja e recebem instruções simples sobre a visita. A partir daí, é cada um por si!
Os visitantes percorrem o edifício no seu próprio ritmo, já que a visita não é guiada. Mesmo assim, todas as áreas contam com explicações escritas em inglês em cartazes na parede (não sabe falar inglês? Ali embaixo tem uma dica pra você! 😉 ). Há também vídeos contando histórias que envolvem a cerveja – em inglês, mas com um sotaque bem maneirado para facilitar o entendimento.
O primeiro andar é inteiramente dedicado aos ingredientes da Guinness, explicando um pouco sobre cada um deles: água, lúpulo, malte e levedura. É lá que descobrimos algumas informações curiosas, como o fato de que mais de 100 mil toneladas de malte irlandês são usadas anualmente na produção da cerveja e que a água da Guinness vem das montanhas de Wicklow.
Os próximos pisos são dedicados à história da cerveja e também à sua produção, explicando o que a torna tão única. Nesse ponto, pudemos explorar mais do equipamento usado na produção da bebida, desde a maquinaria antiga até os barris em que ela passava pelo processo de maturação. Uma seção bem interessante, apesar de curtinha, também mostra a evolução do transporte da bebida para diversas regiões do mundo.
Guinness direto da fábrica
Uma Tasting Room (ou “Sala de Degustação”, em inglês), permite que os visitantes experimentem a Guinness de maneira semelhante à que é feita pelos degustadores oficiais da cerveja – e o cuidado com os detalhes é incrível. O ambiente é branco para evitar distrações, diferentes aromas que compõem a bebida exalam de quatro totens no meio da sala e o líquido é servido em copinhos pequenos, do tamanho de uma dose.
Sentimos que esse seria o ponto alto do tour, mas não foi…
Como as visitas não são guiadas, é comum acumular uma grande quantidade de pessoas no mesmo horário e não existe muito controle nesse sentido. Quando fomos fazer nossa degustação tinha tanta gente na mesma sala que nos sentimos em um ônibus lotado – e certamente não era essa a ideia que eles queriam passar.
Foi uma experiência bem legal, mas poderia ter sido mais interessante se fôssemos lá em um momento com menos gente. Não temos como saber se é sempre assim, mas apostaríamos que sim! Para evitar a muvuca, eu experimentaria ir no primeiro horário da manhã, se fosse vocês. 😉
Além disso, um dos andares da mostra é dedicado à publicidade da cerveja. Como sou formada em comunicação e curto bastante publicidade com pegada mais antigona, foi minha área preferida lá dentro. O andar incluía desde cartazes promovendo a bebida até alguns bonecos gigantes (e meio bizarros) criados pela empresa, além de uma sala de projeção onde passavam alguns dos premiados comerciais televisivos da marca. Quem curte/estuda publicidade vai adorar.
No fim-do-fim-do-tour, todo mundo vai para uma sala-bar aprender a tirar a sua própria pint de Guinness. Um dos funcionários do local explica direitinho como fazer e cada pessoa vai servir a sua própria dose da bebida. Nessa hora, é bom ter cuidado, já que a cerveja tirada por você será bebida por você (se fizer um desastre na hora de servir o problema vai ser todo seu)! Ao final, eles dão até um certificado comprovando que você “tirou a pint perfeita“, mesmo que ela não tenha saído tão perfeita assim… Finalizada essa etapa, é hora de tomar sua Guinness! 🍻
Tem também o Gravity Bar, no último andar do edifício, com vista panorâmica de Dublin. O probleminha é que todo mundo quer ficar perto das janelas para observar melhor a cidade. Com isso, fica difícil se mexer por ali.
Pode ser que tenha sido má sorte nossa, mas imagino que seja sempre beem cheio por lá, já que fomos na baixa temporada e no início da semana. Cheio ou não cheio, não dá para dizer que a vista não é fantástica! 😍
Expectativa
Realidade
Tem que falar inglês na fábrica da Guinness?
Essa é a boa notícia! O tour pode ser feito mesmo por quem não fala nada do idioma. Nesse caso, a dica é pegar um audioguia em português (é português de Portugal mesmo, mas vale, né?) logo na entrada. O guia custa € 1 (R$ 4) e pode ser acionado de acordo com a parte da visita em que você estiver, fornecendo informações em áudio sobre aquele local específico.
Como chegar à Guinness Storehouse
Para chegar à Guinness Storehouse, a melhor maneira é indo de ônibus. Nesse caso, é possível pegar as linhas 123, 13, 40 (você descerá a duas quadras de distância dali) ou 151, 27, 56a ou 77a (a umas seis quadras de caminhada). Usando o LUAS, você terá que pegar a linha vermelha e descer na estação Fatima, de onde edifício é acessível após uma caminhada de uns 8 minutos. Espia aqui como se locomover usando o LUAS em Dublin.
Guinness Storehouse: vale a pena?
Confesso que, comparando com a visita que fizemos à fábrica da Pilsner Urquell, em Pilsen (República Tcheca) a Guinness Storehouse é muito mais espetáculo, mas acaba sendo menos interessante, até pelo fato de o tour não ser guiado. Também preferi a visita à Heineken Experience, em Amsterdã.
Saí da fábrica da Guinness com a sensação de que não é o tipo de coisa “indispensável” para se fazer em uma primeira visita a Dublin. Mesmo assim, acho que vale a pena, ainda mais para quem adora cerveja tanto quanto eu. Por sinal, aproveita e confere nossos bares preferidos na capital irlandesa. Sláinte! 🍻
Nota: texto publicado originalmente em novembro de 2016 e atualizado em março de 2018. Os valores e a taxa de câmbio são referentes à data da última atualização.
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