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Como visitar as pirâmides de Teotihuacan por conta própria

Pirâmides de Teotihuacan no México

As pirâmides de Teotihuacan são algumas das mais impressionantes que você irá encontrar no México e ficam pertinho da capital do país, o que faz deste um passeio imperdível. Felizmente, não é preciso contratar um tour caro para conhecer esse pedaço da história da América Pré-Hispânica, basta uma dose de boa vontade para chegar à zona arqueológica por conta própria.

Em uma de nossas passagens pela Cidade do México, decidimos que estava na hora de fazer a visita às pirâmides de Teotihuacan. Essa era a única atração que já estava nos planos de viagem mesmo antes do embarque e não poderíamos deixar de lado – no fim das contas, acabamos conhecendo várias outras zonas arqueológicas mexicanas, além de curtir um roteiro pelos museus do ‘DF’.

Como chegar às Pirâmides de Teotihuacan

Primeiro, é preciso ir até o Terminal Norte da Cidade do México, o que pode ser feito com a linha 5 do metrô (amarela). Basta descer na Estação Autobuses del Norte e você estará praticamente dentro do Terminal, que é de onde saem os ônibus até Teotihuacan a cada 15 minutos.

É no guichê 8 que podem ser adquiridas as passagens, por 52 pesos mexicanos (cerca de R$ 10,50). Na hora da compra, não se esqueça de avisar que você irá para as pirâmides de Teotihuacan, já que nem todos os ônibus que vão para a cidade passam pela zona arqueológica.

Ao subir no veículo, avise novamente que irá descer nas ruínas para não ter erro – a maioria das pessoas acaba descendo ali também, em frente ao Portão 1. Daí pra frente, o restante do trajeto fica por conta dos seus próprios pés, mas vale lembrar que os ônibus de regresso para a Cidade do México saem dos Portões 1 ou 2. Nesse caso, uma boa ideia pode ser caminhar todo o trajeto e pegar um táxi até o Portão 2 no final do passeio.

Se estiver muito cansado, também pode ser interessante pegar um táxi seguro saindo do Terminal do Norte até o local onde você estiver hospedado, na volta para casa.

Vale a pena visitar Teotihuacan por conta própria?

Por curiosidade, fomos conferir os valores de um tour fechado até Teotihuacan através do site da Tiqets, parceiro do blog. Por lá, o passeio custa US$ 35 (cerca de R$ 135) por adulto, com saídas diárias.

O tour sai de diferentes pontos da cidade localizados na Zona Rosa e no Centro e inclui transporte e entrada para as pirâmides, mas nós estávamos em busca de algo mais barato – e encontramos!

Vamos aos cálculos:

Tour fechado = US$ 35 = R$ 135

Por conta própria = 10 pesos (metrô de ida e volta) + 104 pesos (ônibus de ida e volta até as pirâmides) + 70 pesos (entrada) = 184 pesos mexicanos = R$ 37,50

O passeio saiu por menos de um terço do preço de um tour convencional, então a gente acha que vale a pena sim, e muito! Mesmo voltando de táxi do terminal e dividindo o valor entre duas pessoas, o passeio ficaria mais econômico do que um tour fechado.

Além disso, quem quiser pode fazer a reserva das entradas para Teotihuacan antecipadamente por US$ 5 (R$ 20), o que sai um pouco mais caro do que a entrada no local, mas evita filas.

Há quem prefira combinar o passeio às pirâmides com uma ida à Basílica de Guadalupe. Eu sinceramente acho cansativo, mas no post do Sunday Cooks eles indicam como fazer ambos passeios no mesmo dia.

Se você for suficientemente louco, pode encarar um passeio de balão por Teotihuacan. A experiência custa 2.700 pesos mexicanos (cerca de R$ 540) e pode ser reservada neste link. Estão incluídos no valor o transporte, café da manhã e um brinde de espumante.

Pirâmides de Teotihuacan

Chegando nas pirâmides, é hora de caminhar, caminhar mais um pouco, parar para ler as plaquinhas, e caminhar mais.

Brincadeiras à parte, é bom ir preparado para uma boa caminhada no sol enquanto estiver visitando as pirâmides de Teotihuacan. Ao todo, são cerca de dois quilômetros de zona arqueológica e você vai querer ver o máximo possível. Lembre-se de levar uma garrafinha de água e passar protetor solar antes de começar a caminhada, pois o sol é bem forte por lá, mesmo no inverno.

Além das impressionantes Pirâmides do Sol e da Lua, que formam filas enormes de pessoas para subir (confesso: ficamos fora dessa!), há também toda a riqueza da arquitetura pré-hispânica para ser contemplada. Se não for acompanhado de um guia, fique de olho nas placas e indicações sobre costumes e fatos históricos, que estão espalhadas por toda a área. Caso queira ir direto para as pirâmides mais famosas, você pode entrar pelo Portão 2 e sair pertinho da imponente Pirâmide do Sol, que tem 64 metros de altura.

Entretanto, nossa dica é curtir também o passeio caminhando pela Calçada dos Mortos, como foi apelidada pelos astecas, que chegaram lá algum tempo depois e, há seis séculos, já tinham curiosidade sobre o que teria ocorrido com Teotihuacan. A avenida corta de norte a sul toda a região das pirâmides e termina justamente na Pirâmide da Lua.

Ingressos para as Pirâmides de Teotihuacan

O ingresso para entrar na zona arqueológica sai por 70 pesos mexicanos (R$ 14,20). Também é possível adquirir um ingresso antecipado para entrar na zona arqueológica sem filas por US$ 5 (cerca de R$ 20).

Veja outras cobranças:

Horários de funcionamento: de segunda a domingo, das 8h às 17h.

História de Teotihuacan

A zona arqueológica de Teotihuacan parece uma das regiões mais áridas em que alguém poderia viver, mas não foi sempre assim. Há boatos de que, quando a chamada “Cidade dos Deuses” era habitada, entre os anos 100 e 750 da nossa era, o local era uma planície verde cercada de montanhas.

Embora não se conheça muito sobre as origens desta cidade, há indícios de que houvesse pessoas na região antes do ano 1 EC. Suspeita-se também que uma grande população tenha migrado para lá após a erupção do vulcão Xitle, que destruiu Cuicuilo. Assim, pessoas de diversas etnias chegavam ao local em busca de seu clima ameno e da circulação de mercadorias que ocorria na região. No século 1, por exemplo, estima-se que 30 mil habitantes vivessem em Teotihuacan, que teve o auge de sua população estimado entre 85 e 300 mil habitantes durante a época que compreende os anos de 450 a 650 EC.

Nota: uma versão anterior deste texto foi publicada originalmente em março de 2016. O conteúdo, valores e o câmbio foi atualizado e ampliado em junho de 2019. As informações apresentadas são referentes à data da última atualização e podem sofrer alterações a qualquer momento.


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