A Grande Pirâmide de Cholula faz jus ao nome. Ela tem a maior base do mundo, com 405 metros de cada lado, e é também a maior pirâmide em volume, com 4,5 milhões de metros cúbicos. Por muito tempo, essa enorme pirâmide foi confundida com uma montanha, até que se descobriu o disfarce e as escavações começaram em busca do passado desta construção de proporções inigualáveis.
Hoje, é possível visitar a zona arqueológica em que se escavam os resquícios das pirâmides de uma antiga civilização mesoamericana. Algumas construções datam do século 1, embora a zona tenha indícios de ocupação desde o século 12 a.C.
Como chegar a Cholula
O pueblo mágico de Cholula fica a apenas 9 km de Puebla – dá para ir de ônibus convencional, que custa apenas 6 pesos (cerca de R$ 1). Saindo de muitos pontos da cidade, será preciso pegar dois ônibus. Pergunte em seu hotel ou aos anfitriões do Airbnb a melhor maneira de fazer o percurso e eles provavelmente saberão indicar qual linha de ônibus pegar.
Uma alternativa é pegar um Uber saindo de Puebla – são cerca de 30 minutos de distância – ou contratar um tour em ônibus turístico por US$ 11 (R$ 36) para fazer esse percurso. Também é possível fazer um tour à pirâmide de Cholula com saída da Cidade do México por US$ 67 (R$ 220). Fazer o percurso dirigindo um carro alugado é uma alternativa menos aconselhada, pois o trânsito mexicano é confuso e engarrafamentos são frequentes. 🚗
Como conhecer a Pirâmide de Cholula
Para viajantes com orçamento limitado, é possível caminhar na parte externa à área arqueológica, o que é grátis e continua sendo bastante interessante.
Lembra que eu comentei ali em cima sobre a pirâmide ter sido confundida com uma montanha? Sim, quando os espanhóis chegaram lá, o terreno estava todo coberto por terra e grama, de forma que eles não desconfiavam que aquele monte se tratasse de uma das maiores pirâmides do mundo. E lá foram eles fazerem o que mais gostam: construíram uma igreja no local, que ainda pode ser visitada. Para chegar à Igreja dos Remédios, é preciso ter fôlego, pois você vai ter que subir uma escada cansativa.
Outra dica é ver as escavações por cima, o que já é um baita passeio. Na parte externa à zona arqueológica se encontram ambulantes vendendo todos os tipos de petiscos por um valor bem acessível.
Diego aproveitou para provar uma especiaria local: chapulines, um gafanhoto que se come como petisco no México. Por sinal, é daí que vem o nome do Chapolim Colorado. Apesar de ser bem estranho, os outros petiscos eram mais normais, como amendoins, balas de goma e feijões assados (maravilhosos, por sinal).
Depois da inusitada experiência gastronômica, fomos finalmente visitar a Grande Pirâmide de Cholula. Para entrar na zona arqueológica, é preciso pagar um ingresso de 70 pesos mexicanos (R$ 12) – caso queira contratar um guia para o passeio, é cobrado um valor adicional por grupo.
Dicas para visitar a Pirâmide de Cholula
- Se você tiver claustrofobia ou medo de lugares fechados, pode não ser o lugar ideal para estar… É preciso caminhar por cerca de 15 minutos por um túnel fechado e bem estreito até chegar à entrada.
- Não se esqueça de passar muito protetor solar (do fator mais alto que tiver) e levar uma garrafinha de água. Faz muito calor por lá mesmo no inverno e o clima é bastante seco.
- Use roupas confortáveis e frescas, que permitam caminhar com tranquilidade na área das pirâmides.
O que fazer em Cholula
Depois de terminar o passeio pelas pirâmides, fizemos uma visita à feira que há em frente a elas para conferir um pouco do artesanato local. Foi a hora de experimentar outra “delícia” inusitada: a jicaleta. Se trata de uma fruta chamada jicama (tem vários benefícios para a saúde e eu achei o gosto parecido com o do melão, mas menos doce), envolta em tajín (pimenta) e que se come no palito como se fosse um pirulito. Por mais que a descrição seja horrível, o gosto até que é bom.
Voladores de Papantla
Para terminar o passeio, aproveitamos para ver o espetáculo dos “voladores de Papantla“. O ritual é originário do estado de Veracruz, na cidade de Papantla e o site México Desconocido explica que a tradição é originária dos povos pré-hispânicos, embora não exista uma estimativa da data em que o ritual surgiu.
O que se sabe é a lenda que dá origem a ele: uma forte seca havia acometido a zona que compreende o território que hoje dá lugar aos estados de Veracruz e Puebla. Na época, os sábios do povo pediram que jovens castos encontrassem a árvore mais alta e reta do monte para utilizá-la em um ritual com música e dança, pedindo aos deuses por chuvas. O ritual foi realizado na parte superior do tronco para que as orações fossem facilmente escutadas pelos deuses. Ao que parece, a ideia deu tão certo que ele continua sendo realizado até os dias de hoje em diversas cidades mexicanas – e, entre elas, Cholula e Tulum.
Os voladores se apresentam todos os dias na praça em frente à pirâmide, a cada 20 minutos, até as 18h. O espetáculo é poesia pura e você merece esperar até que a apresentação comece. Vem ver:
A apresentação pode ser vista por qualquer pessoa que esteja no local e é gratuita, mas a gente recomenda dar uma gorjeta para eles. Quando estávamos assistindo, uma menina do grupo passou o chapéu em busca de contribuições – que são mais do que merecidas.
Cholula: bares e vida noturna
O fim do dia foi na Licorería San Pedrito, perto da zona arqueológica, onde é possível provar uma grande variedade de opções de Mezcal, bebida típica do México. O lugar é lindo e bem animado – no dia em que fomos, começou a encher por volta das 21h.
Mesmo assim, existe um zilhão de opções de bares por lá. Como Cholula é uma cidade universitária e acaba sendo o destino de muitos poblanos à noite, vale estender o passeio na cidade e pegar um táxi/Uber na volta ou passar a noite em um hotel em Cholula.
Nota: texto publicado originalmente em janeiro de 2016 e atualizado em março de 2018.
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